Corpo Coral

“Corpo” porque é na carne que tudo vibra: na voz, no silêncio, no gesto.

“Coral” porque somos muitas. É um coro de mulheres ecoando através de mim, em uníssono e em dissonância.

Um círculo ancestral onde me torno canal para que essas músicas ressurjam com um novo fôlego.

Este projeto celebra a potência de ser mulher.

Não em ordem linear, mas em espiral, como a dança de uma cobra.

Aqui, não canto apenas músicas, canto memórias, canto feridas e canto liberdade.

Corpo Coral é um rito. Um mergulho em mim mesma através da pele de outras mulheres. Cada canção que interpreto aqui não é apenas uma homenagem, é uma troca de pele. Este disco nasce do desejo de habitar as vozes que me formaram.

São vozes que sussurraram, gritaram, choraram, dançaram, resistiram.
Aqui, eu me visto delas. E ao vesti-las, eu me transformo.
Como a cobra coral, troco de pele em ciclos e cresço.

Cada faixa é um estágio dessa jornada: Da resistência (Nina) à vitalidade (Marina Lima), da liberdade (Rita Lee) ao autorreconhecimento (KT Tunstall), do poder sensual (Marina Sena) à emancipação (Lesley Gore), da entrega emocional (Angela Ro Ro) à cura (Corinne), à maturidade (Etta) e, por fim, à inocência renovada (Gal).

Músicas

  • Don't Let Me Be Misunderstood - Nina Simone

    O despertar. A voz se ergue pela primeira vez, crua e sem desculpas. Aqui habita o instinto primordial de ser vista e ouvida como realmente se é: imperfeita, emocional, viva.

  • Fullgás - Marina Lima

    Após o despertar, vem o desejo. O pulso se acelera; a vida ganha forma em ritmo e fôlego. É a pele que arde em intensidade, celebrando o corpo como pura vitalidade, a alegria de estar em movimento.

  • Agora Só Falta Você - Rita Lee

    A liberdade ocupa o palco. É a rebeldia com um sorriso, a voz irreverente que se recusa a pedir permissão. A mulher que conduz a própria história, dançando sob as suas próprias regras.

  • Suddenly I See - KT Tunstall

    O olhar se volta para fora e para dentro. A admiração se transforma em reflexão. É o momento de se enxergar no espelho da força de outra mulher. O reconhecimento floresce em empoderamento.

  • Por Supuesto - Marina Sena

    Sedução e autodomínio. Esta é a serpente em cores plenas, confiante, magnética, lúdica. O desejo aqui não é dependência, mas uma declaração de valor próprio: amar e ser amada sem perder o próprio centro.

  • You Don’t Own Me - Lesley Gore

    O grito da emancipação. Após a suavidade da sedução, vem a lâmina afiada da autonomia.
    É a voz que já não suplica, ela impõe respeito. Uma ruptura que liberta.

  • Amor, Meu Grande Amor - Angela Ro Ro

    A descida às profundezas do sentir. Onde o amor é ao mesmo tempo ferida e cura, vulnerabilidade e força. A serpente se enrola para dentro, diante do próprio coração: terno, marcado, e ainda pulsando.

  • Put Your Records On - Corinne Bailey Rae

    A cura começa. Depois da tempestade, vem a luz do sol filtrando pela janela. É o momento da aceitação, de repousar na própria delicadeza, de celebrar novamente as pequenas alegrias.

  • At Last - Etta James

    A chegada. Um amor que já não exige nem arde, mas enraíza.
    A mulher que antes lutou, desejou e sangrou agora encontra paz em sua própria pele.

  • Baby - Gal Costa

    O renascimento. A espiral retorna à inocência, mas com nova sabedoria. A voz está mais leve, mais livre, novamente brincalhona. A serpente, após trocar de pele, dança sob o sol.

O universo do disco

    • Corpo como instrumento

    • Território político e poético

    Uso meu corpo como canal.
    É através da minha voz que essas canções ganham nova forma. 

    O corpo aqui é político, é poético, é emocional. É território de reconstrução.

    • Troca de pele

    • Na pele de outras cantoras

    Assim como a serpente troca de pele para crescer, cada canção representa uma renovação artística e emocional.

    • Coral de mulheres

    • Herança vocal

    É uma forma de reconhecer a força coletiva da expressão feminina na música. 

    Canto essas músicas com respeito, mas também com liberdade criativa, trazendo minha leitura e sensibilidade.

    • Canal

    • Coletiva e singular

    Cada faixa representa um ciclo dentro da transformação. 

    É como atravessar as estações da alma de uma mulher usando a música como guia.

Conheça a equipe

  • Monica Casagrande

    Intérprete; Direção Criativa

  • Di Tateishi

    Direção Criativa

  • Nora Jasmin

    Direção Criativa e Balé

  • Estela Paixão

    Diretora Vocal e Backing Vocal

  • Alexandre Elias

    Produção Musical

  • Guta Menezes

    Trompete

  • Gê Cortes

    Baixo

  • Lan Lahn

    Percussão

  • Navalha Carrera

    Guitarra

  • Denize Rodrigues

    Saxofone tenor

  • Liegi Wisniewski

    Beleza

  • Calu Martins

    Direção Artística

  • Tati Volpe

    Artista Floral

  • Gabriel Gombossy

    Cenografia

  • Stephanie Veronezzi

    Fotografia

  • Victor Silva

    Direção de fotografia